Coração do Agreste
A vida é feita de momentos, pedaços de tempo guardados na memória. Serão retalhos dessas recordações e pensamentos que aqui deixarei rabiscados...
quarta-feira, 9 de abril de 2008
"O Acordo Ortográfico nasce de uma necessidade, de uma demanda"
"Os portugueses são mais ciosos da língua do que os brasileiros"
Proferido por Gilberto Gil, Ministro da Cultura brasileiro.
Ponto 1: Demanda? De quê? Assassinar uma língua cheia de história para a banalizar e cantarolar?? Só pode ser isso, é que sou muito burra e não vejo o benefício.
Ponto 2: Obviamente somos mais ciosos da nossa língua, e por mim falo, brasileiro é mero dialecto...
Não percebo porque pura e simplesmente não se mantém tudo como está, cada povo com a sua norma. Se a língua mãe é nossa, porque justamente nós temos de mudar? Não concordo e tão pouco vou mudar a minha forma de escrever. Mas lá está, sou burra que nem uma porta e não vejo a pertinência do acordo ortográfico.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Mais um anito..
outro que me esqueci.. lol..
Parabéns ao Coração no Agreste!! Apesar de ser deixado ao abandono várias vezes... o gajo cá continua e não me abandona. Deve ser provavelmente a única constante dos últimos tempos.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Encosta-te a mim
Encosta-te a mim,nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,deixa-me chegar.
Chegado da guerra, fiz tudo p´ra sobreviver
em nome da terra, no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem, não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói, não quero adormecer.
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo
o que não vivi,um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim
Jorge Palma
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Solidão
Silenciosamente contemplo o reflexo no espelho,
uma imagem baça, esbatida e gasta,
traços de um rosto sem vida,
afundado num mar de lágrimas soluçadas.
Compadeço-me da sua translúcida dor,
afago os seus cabelos e beijo-lhe a testa.
Há dor calada nos lábios, mas insurdecedora na alma,
tortuosa...
Punhal cravado no âmago, do qual escorre a sua essência,
por intermináveis ladrilhos, num pingar infinito.
Despojo-me de mim,
fecho os olhos em abandono.
Suspiro e abro-os lentamente, rodopio sobre mim mesma.
Estivera afinal, sempre sozinha.