Mundo Animal I
As Suricatas: simpáticos animais, de uma ternura de derreter corações.
Um modelo de grupo, uns babysitters extraordinários!
De seu nome Suricata (Suricata suricatta), este amoroso animal pertence à família dos Herpestidae e podemos encontrá-lo no Sul de África, vivendo em estepes semiáridas.
Possui corpo esguio, focinho pontiagudo e em redor dos olhos vislumbram-se manchas negras. O seu pêlo castanho contrasta com as riscas negras que surgem na parte terminal do seu dorso, sendo também a sua cauda salpicada de negro na extremidade. Uma outra característica da sua fisionomia são as longas garras dianteiras que detém, dado o seu porte, já que este ligeiro animal, não chega sequer a um metro de altura.
A sua ementa é constituída por insectos, aranhas, escorpiões (suportam o veneno destes e até são o seu petisco predilecto) e pequenos vertebrados, ovos e matéria vegetal.
As Suricatas são extremamente sociáveis e realizam as suas actividades durante o dia. Saem das tocas mal rompe o dia, procurando alimentos nas proximidades. Para que possam procurar alimento em relativa segurança, têm sempre sentinelas que perscrutam o horizonte, soando o alarme se algum predador se aproximar. São muitas vezes vistas erguidas sobre as patas traseiras, cheirando o ar ou simplesmente a apanhar sol.
Vivem em pequenos grupos familiares, em média de 10 a 15 membros, e cada um possui duas ou três unidades familiares (que contém um casal adulto e respectivas crias). As suas tocas são formadas por pequenos túneis, construídos com as suas fortes garras dianteiras, medindo geralmente cinco metros de diâmetro e alcançando uma profundidade de 1,5 metros. Estes interligam-se em câmaras com cerca de trinta centímetros de diâmetro. O grupo familiar chega a possuir cinco destas tocas e mais uma infinidade de outros abrigos num raio de 15km2. Assim, podem deslocar-se quilómetros e ter outros sítios para descansar estar em segurança.
Por incrível que pareça as suricatas são um animal higiénico, tendo locais próprios onde o grupo vai fazer as suas necessidades! (e esta hein?!)
As relações entre membros do grupo são extremamente amistosas, estes abraçam-se e cuidam da pelagem uns dos outros. Existem uma série de tarefas definidas que são atribuídas a cada membro, tais como a segurança, a defesa, o “baby-sitting” (tomam conta das crias uns dos outros, como perfeitas nanny’s), entre outras. Contudo, existe uma grande entreajuda e rotatividade de tarefas. Estes pequenos seres são muito comunicativos, detendo diferentes vocalizações, com imensos significados.
São a alegria de qualquer investigador que com eles conviva, já que são relativamente dóceis para com o homem. (espreitem
aqui)
A sua reprodução dá-se de Agosto a Novembro e de Janeiro a Março e a gestação é de 77 dias. Da relação que começa com pequenas dentadinhas amistosas resultam duas a cinco crias.
As crias nascem numa toca, aí permanecendo durante as primeiras semanas de vida. Ficam, muitas vezes, ao cuidado de um adulto enquanto a sua mãe se alimenta para poder amamentar. Quando saem pela primeira vez da toca a mãe ensina-as a comer, incitando-as a morder os alimentos que prende entre os dentes. Apesar do importante papel da progenitora, os outros membros do grupo também integram o processo, procurando alimentos mais macios para as crias.
P.S: Se puderes não deixes de ir visitar as suricatas no Zoo de Lisboa, já que ao vivo, no seu ambiente natural, é muito difícil. Elas estão lá, desejosas de uma visita tua! São uma ternura e não é por acaso que estão no meu top 5 de animais (embora goste de uma infinidade de outros).
Pra quem não sabia o que eram suricatas bastava lembrar-se do célebre Timon do filme de animação Rei Leão.